terça-feira, 6 de setembro de 2016

Abraço

Quando a garganta, seca, te pede por um pouco de água e traz nela a evidência das exposições, a apneia da alma que clama por um pouco mais de ar, por menos exposições àqueles agressores invisíveis de que tanto se ressente, nessa hora sufoco na beira da minha pequena solidão.

Essa proteção que se torna em contra ataque a si mesmo, esse remodelar dos sentidos, essa asma eficiente te impõe novos ritmos. 

E o peito, prensado, cansado, se sente resumido a um tempo passado discorrido entre os tempos, os rios, os pesares tão pesados que então fatigam, extenuam.

Por um alivio, por um sopro afinal que, encurvado, parecia não viria, me chegou no seu abraço espontâneo, que me aqueceu e aliviou, aspirando, respirando, aspirando, respirando, aspirando, respirando, e no aconchego de não estar sozinho mais, me pus de pé e fui enfrentar o dia. Seu carinho me trouxe a paz e me lembrou que não estou só.

“As dores do mundo já posso suportar...o maior dos Espíritos habita em mim.”


“Quão grande é o meu Deus, eu cantarei quão grande é o meu Deus... por gerações Ele é, o tempo esta em suas mãos, o começo e o fim, três se formam em um, Filho, Espírito e Pai, Cordeiro e Leão, Cordeiro e Leão...”

(Rio das Ostras, 26 de julho de 2016) 

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